Sequência Didática sobre o tema "Ética na Internet" utilizando o aplicativo Whats app

resumo



A abordagem do conteúdo Ética em Filosofia no Ensino Médio se revela de extrema importância para a formação do jovem. O tema propõe a reflexão sobre as ações humanas e sua importância recai sobre a conduta e as relações, abaladas frente ao mundo contemporâneo. Segundo a Lei das Diretrizes Curriculares para a Educação Básica aqui no Brasil é obrigatória a inclusão da disciplinas Filosofia  e  Sociologia no currículo. O conteúdo desse artigo aborda a possibilidade do ensino de Filosofia com o tema Ética e outros temas transversais no ensino médio com a inovação de utilizar outros ambientes de aprendizagem. Usaremos um aplicativo que é uma das mais novas oportunidades tecnológicas para a comunicação e troca de mensagens: o Whats App. A partir de uma sequência didática dinâmica e interativa concluímos que, na atualidade, o professor precisa ter consciência de que sua ação profissional competente pode melhorar muito a compreensão e formação dos alunos com o uso de novas tecnologias.


Palavras-chave: tecnologias, ética, educação, aula interativa.


O USO DAS TDCI’s NO ENSINO DE FILOSOFIA


Ética: valores que definem o que “quero” e o que “ posso”.
Devo, porque nem tudo que eu quero, eu posso,
nem tudo o que eu posso eu devo e nem tudo
o que eu devo eu quero.
(Eça de Queiroz)



No Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do ensino fundamental ao médio defende-se a inclusão do ensino de Ética  na escola como um tema transversal que deveria perpassar todas as disciplinas. A perspectiva era a de que a comunidade escolar se engajasse no trabalho efetivo com uma educação voltada para a cidadania, vista como “eixo vertebrador da educação escolar” (Brasil. MEC, 1998a, p. 23), visando à formação de alunos capazes de desenvolverem o pensamento crítico acerca dos problemas relativos à convivência social.
Com a divulgação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a discussão acerca da ética, moral e da cidadania tornou-se mais corrente, uma vez que tais documentos apontam esses termos como elementos-chave para a educação no País. Observa-se, nesse sentido, que as discussões envolvendo o conceito de ética, moral e civismo estiveram e ainda estão presentes no campo educacional.
Para desenvolver alguns temas mais delicados como Ética no Ensino Médio,  professores podem utilizar algumas tecnologias de comunicação e informação e que são utilizadas em educação de uma forma bem diferente do seu uso costumeiro, como mídias, voltadas para a informação e entretenimento de um público amplo. “As pessoas envolvidas no processo educativo – professores e alunos - são determinadas e formam um grupo específico; os fins a que se destinam são pré-definidos estão diretamente articulados com os objetivos do ensino e da aprendizagem”, é o que diz Vani Kenski. **





Segundo Vani Moreira Kenski, a tecnologia desde tempos remotos , vêm ditando o comportamento do Homem e da Sociedade em que vive , de modo que esta tecnologia mudou o sentido e a forma de como se projeta um padrão de vida . Segundo a autora, a tecnolgia e sua característica evolutiva, pode ser ( e geralmente é ) manipulada para responder ou até justificar determinadas situações recorrentes , com visto em jornais e meios de comunicação ( tecnologia ) que podem perfeitamente mudar , isto é apoiar ou não determinada ação governamental na sociedade, como por exemplo: se o uso da tecnolgia em produzir alimentos geneticamente modificados para suprir a falta desses.
Trazendo novos rumos para a educação e o ensino de filosofia  as tecnologias em salas de aula permitem que a interatividade e o maior – e mais rápido - acesso à informação cheguem aos alunos de forma  interessante. O uso de tablets, lousas digitais, datashow, redes sociais, sites educativos e aplicativos de mensagens instantâneas como o Whats App vêm se tornando grandes parceiros dos professores na hora de ensinar. São dinâmicos e provocam o interesse dos alunos combinando dinamismo, interatividade e acesso à informações trocadas em velocidade instigante.
 O Whats App,  a evolução móvel é uma dessas ferramentas mais interativas do momento com o Messenger, que permite aos usuários a troca de mensagens gratuitas por meio da internet. Numa aula de Filosofia, a partir do tema proposto e de um programa de atividades programadas cuidadosamente, o professor poderá incentivar a reflexão sobre o tema iniciando com o estabelecimento das regras para postagens. Então os alunos irão poder iniciar conversas online com seus contatos e também criar e participar de grupos, compartilhando arquivos de texto, áudios, imagens e vídeos.
Queremos dizer que o professor pode viabilizar a mobilização para a reflexão e compreensão do tema filosófico proposto e, sem dúvida, nas aulas, esses recursos tornam-se ferramentas que auxiliam ao despertar da atividade crítica que, trabalhados com o rigor próprio da Filosofia, colaboram na formação do pensamento crítico. Em propostas como esta o uso de vários recursos nas aulas de Ética, como filmes, vídeos, textos, frases, além do aplicativo, se faz necessário e interessante e espera-se que o professor conduza o estudante ao desenvolvimento de um raciocínio reflexivo. Através deste processo e das atividades que vão fazer parte da sequência didática o estudante poderá compreender melhor conceitos e temas recorrentes e que são essenciais para o trabalho e desenvolvimento do conteúdo desta disciplina.

 Primeiro momento
O estabelecimento de regras de postagens e a apresentação do tema proposto. Apresentação de um breve histórico sobre o tema Ética na Antiguidade.
Sensibilização: Reflexão a partir da música Epitáfio (Titãs). Leitura do trecho “A Ética de Nicômano”. Breve histórico de como a Ética era entendida na Antiguidade.

Segundo momento
Problematização: Como posso julgar se isto é Ético? Interação entre os estudantes para a formação de grupos (cada um com seu monitor). Os alunos serão instigados a apresentar o conceito de ética e de com. O professor faz a distribuição dos vídeos e outras postagens (fotos, textos, relatos) via Whats App para fomentar as atividades dos alunos.
Terceiro momento:
Distribuição de vídeos, frases e outras postagens pelo Wats App pelos alunos. Análise de vídeos postados  acerca do tema. Discussão e considerações sobre as postagens. Depois, é a vez de os alunos fazerem as postagens (frases, fotos, vídeos, relatos...).
Quarto momento:
Seminário no qual os alunos apresentarão as considerações sobre o assunto através de slides com os três conteúdos abordados:
Ø  Conceito sobre Ética desde a Antiguidade;
Ø  A ética no lar: ensinando cidadania aos filhos;
Ø  A ética nos relacionamentos (pessoais e profissionais).

A AVALIAÇÃO:

      Participação em sala;
      Apresentação do Seminário; e,
      Produção de texto.
     A avaliação desta proposta será pautada numa investigação acerca do conteúdo desenvolvido, adotando-se a observação do envolvimento dos participantes no decorrer das aulas.
    Na produção de texto o aluno deverá apresentar sua análise acerca dos conceitos que foram colocados para reflexão durante as atividades.

Recursos:
      Celulares dos Alunos
      Tabletes
      Aplicativo WhatsApp
      Papel, lápis, caneta, borracha.


CONCLUSÃO
            Com o advento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) nas aulas de Filosofia aumenta consideravelmente o interesse dos alunos desde que o professor saiba conduzir as atividades de forma dinâmica e responsável. É possível abordar temas muito instigantes partindo de postagens que devem ser  escolhidas previamente pelo professor para que não se afaste do tema proposto visto que o excesso de informações veiculadas podem  interferir no andamento da sequência didática. O educando precisa de atividades voltadas para o desenvolvimento crítico e para sua formação moral e ética.  A dificuldade na proposta talvez seja a falta de estrutura que algumas escolas têm no acesso de celulares e outros equipamentos eletrônicos. Mas a metodologia agrada efetivamente o desenvolvimento  do processo de ensino aprendizagem diante do tema que foi proposto. Os estudantes se sentem mais motivados em relação aos estudos de Filosofia, há maior interação entre eles e,  talvez até desmitifiquem sobre o uso equivocado de celulares com aplicativos e redes sociais durantes as aulas para outros fins não didáticos.



"Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia, mas participar de práticas com ela coerentes." [Paulo Freire]



 ** Vani Moreira Kenski é Doutora e Mestre em Educação e Licenciada em Pedagogia e Geografia. É Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de São Paulo (USP). Diretora da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED).




Abaixo segue os slides em forma de vídeo sobre a apresentação do tema proposto.




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CTRL C e CTRL V na Educação: Licença, plágio e direitos autorais

Como foi escrito na postagem anterior, dessa vez o recurso utilizado foi o Prezi.  Prezi  é um software online para a criação de apresentações não lineares (alternativa ao Power Point, Keynote, Impress, etc). http://www.prezi.com.br/

Depois do resumo sobre o Tema que intitula essa postagem, iremos apresentar um vídeo com a apresentação feita no programa prezi de modo interativo.

O Plágio Acadêmico configura-se como uma violação aos direitos autorais de outrem. O uso da internet é uma ferramenta de pesquisa que está disponível de forma acessível aos alunos, e é uma das mais utilizadas.
Durante o Seminário foi discutido a acessibilidade e os motivos que levam o aluno a fazer a prática de cópias em atividades acadêmicas; isso em vários níveis de aprendizagem que vão do Ensino Fundamental ao Ensino Superior.
Utilizando o auxílio do programa Prezi*, foi exposto que há poucos educadores realmente conscientes das possibilidades de aprendizagem, e que nem todos planejam pesquisas voltadas a essaforma de aprendizagem, que dizem respeito ao uso das TICs. O resultado que normalmente se vê, e se critica, são trabalhos de pesquisa que constem basicamente nos processos de Ctrl+c & Ctrl+v, ou seja, na cópia e cola de textos que posteriormente são impressos e entregues ao professor. Mas o grande questionamento é se o plágio trata-se uma “falha de caráter dos alunos” ou incapacidade do professor de propor ou mesmo acompanhar as pesquisas junto com os alunos.
Abordou-se de forma explicativa a diferença sucinta entre plágio parcial, plágio conceitual, contrafação e a ausência proposital das referências sobre os autores das obras e dos textos em atividades acadêmicas, ou seja: aviolação aos direitos autorais.
Discutiu-se como é difícil a proteção dos direitos autorais em um território que dificulta a proteção da propriedade intelectual, isso devido à facilidade de violação das obras e a dificuldade de controle dos autores, por exemplo.
Estaria a origem do problema na “preguiça” que os alunos têm de ler e resumir ou na "facilidade” com que se pode copiar e colar textos inteiros ou imagens da internet ?
Outro ponto importante abordado foram as licenças em geral; entre elas as Licenças Creative Commons. Trata-se de um sistema alternativo de licenças tradicionais de utilização de obras protegidas, que permite ao criador de uma obra decidir quais os direitos que pretende reservar para si, enquanto autoriza o público a trabalhar com base nas suas ideias.
Foi comentado que os Direitos Autorais no Brasil são garantidos pelo artigo 5da Constituição Federal de 1988, bem como a Lei 9610/98 que prevêem sanções civis e mesmo criminais aos infratores.
Fez-se uma reflexão sobre a ideia de compartilhamento que tem haver com participação e colaboração. A ideia de copiar de forma a ser mais um elemento para o aprendizado.
Nelson Pretto, Professor Associado da Faculdade de Educação www.faced.ufba.br da Universidade Federal da Bahia (UFBA), uma grande referência no assunto, que inclusive esteve recentemente em um Seminário na Universidade, foi citado como um defensor do compartilhamento, até para que se possa viver numa sociedade mais transparente, como ele disse. Segundo o professor, que é Doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo e Mestre em Educação pela UFBA, a cópia e o compartilhamento são mais uma possibilidade para se fazer o conhecimento.
Foi dito também, que uma pesquisa escolar é um processo que precisa ser assistido, apoiado e redirecionado enquanto ocorre, não apenas avaliado depois de finalizado, ou seja, “o abandono intelectual do aluno durante o processo de pesquisa não é o ideal para o professor que quer que o aluno alcance o aprendizado” (Antônio, José Carlos, 2013). 

* As palestras foram mostradas com o uso de um software  auto- explicativo e cativante. E as apresentações com o zoom deixaram os Seminários muito interessantes.



Logo abaixo, segue o vídeo da apresentação utilizando o programa Prezi.



         
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